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Ministro do Supremo Tribunal Federal vota pró-experiências com embriões enganado por mentiras



O Ministro Carlos Ayres de Britto, do Supremo Tribunal Federal do Brasil, deu seu voto na ação que julga a constitucionalidade das pesquisas com embriões no Brasil, embasado em supostas mentiras apresentadas por dois cientistas favoráveis à questão.

Conforme mostra o texto do voto do relator da ação, Ministro Carlos Ayres de Britto, sua sentença baseia-se fundamentalmente no pressuposto que os embriões congelados são inviáveis. Conforme afirmou o Ministro,

"está havendo uma supervalorização do papel do embrião. Não há assassinato. O embrião in vitro, entregue a si mesmo, na gélida solidão do seu confinamento, não tem a menor condição de evoluir para a formação de uma vida virginalmente nova".

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ciencia/fe0703200801.htm

"Esta opinião, totalmente errônea, deve-se ao depoimento dos cientistas favoráveis às pesquisas com embriões os quais, ou ignoravam os fatos científicos elementares do seu próprio ofício, ou manipularam descaradamente a opinião pública ao se apresentarem na audiência pública ocorrida no STF em março do ano passado, conforme mostra manifestamente o relatório que está sendo divulgado esta semana pelos deputados da frente parlamentar em defesa da vida, fazendo crer aos magistrados exatamente o oposto daquilo que nos países desenvolvidos é conhecido até mesmo pelo comum dos cidadãos". Alberto R. S. Monteiro [1]

Os cientistas brasileiros que testemunharam diante dos Ministros disseram:

"PARA QUE PRESERVAR ESTES EMBRIÕES CONGELADOS MESMO SABENDO QUE A PROBABILIDADE DE GERAR UM SER HUMANO É PRATICAMENTE ZERO?"
[Mayana Zatz, pesquisadora da USP]

"A TÉCNICA DE CONGELAMENTO DEGRADA OS EMBRIÕES. ELA DIMINUI A VIABILIDADE DOS EMBRIÕES. A MAIORIA DAS CLÍNICAS DE FERTILIDADE NÃO GOSTA DE USAR EMBRIÕES CONGELADOS. SABE-SE QUE A VIABILIDADE DOS EMBRIÕES CONGELADOS HÁ MAIS DE TRÊS ANOS É MUITO BAIXA, PRATICAMENTE NULA E A MAIORIA DAS CLÍNICAS REJEITAM O TRANSPLANTE OU O IMPLANTE DESTES EMBRIÕES".
[Ricardo Santos, pesquisador titular da Fundação Osvaldo Cruz]

No entanto, trabalhos científicos publicados internacionalmente são unânimes em afirmar que não há limite conhecido para o tempo com que é possível armazenar sob congelamento um embrião. Não se conhece nenhum caso de embrião que ao ser descongelado tivesse apresentado malformações devido ao tempo em que permaneceu armazenado. Milhares já nasceram em todo o mundo.

Os protocolos das clínicas de fertilização assistida afirmam em uníssono que "NÃO EXISTEM EVIDÊNCIAS QUE O PROCESSO DE CONGELAMENTO SEJA PREJUDICIAL À CAPACIDADE DO EMBRIÃO DESENVOLVER-SE EM UM BEBÊ NORMAL".

Como prova, a Frente Parlamentar em Defesa da Vida protocolou relatório junto ao STF que cita numerosos trabalhos científicos de primeira linha e vários outros artigos originais que mostram claramente que no mundo desenvolvido é amplamente sabido que os embriões congelados são tão viáveis quanto os embriões frescos e que, quando implantados no útero materno, não importando o número de anos durante os quais foram criopreservados, produzem a vida, sem qualquer diferença, tanto uns quanto outros, mesmo depois de três, cinco, sete, oito, doze e até treze anos. Uma cópia da parte principal do documento pode ser encontrada em

http://www.pesquisasedocumentos.com.br/QuestaoDecisiva.pdf

Nos Estados Unidos existem agências especializadas na adoção de embriões congelados e centenas destes embriões, a maioria congelados por mais bem mais de três anos e hoje já nascidos, freqüentam as escolas e inclusive participam ativamente, junto com os seus pais, de campanhas contra a experimentação de embriões que não lhes teria permitido existirem.

O documento evidencia como se manipula a verdade no Brasil não só para a opinião pública mas até mesmo para Ministros da Suprema Magistratura.

Alguns exemplos, dentre inúmeros, que constam desse documento:

O protocolo dos Hospitais Universitários de Coventry and Warwickshire, da Escola de Medicina de Warwick, Reino Unido, afirma que:

"Cerca de 70% dos embriões sobrevivem ao processo de criopreservação, e não existem evidências que o processo de congelamento seja prejudicial à habilidade para que o embrião se desenvolva em uma bebê normal. A implantação de embriões depois de descongelamento tem sido realizada desde 1986. Não se sabe quantos bebês foram criados desta maneira em todo o mundo, mas provavelmente muitos milhares de bebês nasceram através desta técnica. Tanto quanto sabemos não há nenhum aumento de malformações como resultado deste tratamento. Não existe nenhuma deterioração conhecida da saúde do embrião com o decorrer do tempo".

http://www.uhcw.nhs.uk/ivf/treatments/cryopreservation

O protocolo do Centro de Fertilização Assistida CNY, que possui suas dependências no Estado de Nova York (USA), afirma simplesmente:
"Não há nenhum limite de tempo conhecido para a duração pela qual os embriões podem ser armazenados".
[http://www.cnyfertility.com/lab-emb1.html]

A revista Human Reproduction de 1998, pode-se ler um relatório sobre o nascimento de um bebê a partir de um zigoto congelado há 8 anos.

Diversos casos também são conhecidos, como:

Vinícius, menino brasileiro nascido de embrião congelado por 8 anos (http://www.portaldafamilia.org/artigos/artigo657.shtml)

A revista Times de novembro de 2006, apresenta o nascimento de um bebê congelado por treze anos.

Carta, assinada pela coordenadora da primeira agência de adoção de embriões congelados dos Estados Unidos, a "Nightlight Christian Adoptions", e preparada especialmente para inclusão neste relatório. Na carta pode-se ler:

"O Programa de Adoção de Embriões Congelados Snowflakes ("Flocos de Neve") é um programa da Nightlight Christian Adoptions, uma agência de adoção sem fins lucrativos autorizada pelo Estado da Califórnia para o encaminhamento de crianças para a adoção.
Durante os últimos dez anos estivemos ajudando famílias a encaminharem e a receberem em adoção embriões congelados que resultaram em 168 crianças nascidas através de pais adotivos. Hoje a criança mais velha possui nove anos e a mais nova conta exatamente com uma semana de vida. Elas são fonte de grande alegria e de bênção para suas famílias.
A maioria destas crianças foram embriões congelados por mais de três anos antes que fossem descongeladas e implantadas em sua mãe adotiva.
Maiores informações podem ser obtidas em nosso website:

http://www.nightlight.org/snowflakeadoption.htm "

Até no site de vídeos YouTube existe filme que mostra uma criança saudável que nasceu de embrião humano congelado por até 13 anos:

http://www.youtube.com/watch?v=Pf9dI3UdWq0

Além desses, o site do The Institute for Interdisciplinary Studies and The Swiss Society of Bioethics apresenta diversos artigos científicos que mostram que o embrião humano é uma pessoa:
www.embryoperson.org

 

Os mesmos cientistas que mentiram (ou se equivocaram) perante os Ministros do STF vendem falsas-esperanças dizendo que em pouco tempo se teriam curas a partir de células-tronco embrionárias, quando se sabe que até hoje não se produziu nenhum resultado positivo com essas células. Todos os resultados positivos (mais de 600) foram produzidos com células-tronco adultas ou do cordão umbilical. Veja seção sobre células-tronco no Portal da Família.

O dinheiro de pesquisa com células-tronco adultas, que pode ser desviado para células-tronco embrionárias caso o STF julgue favorável a ação, esse sim pode causar grande mal e atraso às pesquisas do país e às verdadeiras esperanças para as pessoas necessitadas.

Entretando, muitas pessoas acreditam nesse engodo... e, como se viu, até ministro do STF. Espera-se um pronunciamento do Ministro ao saber que foi enganado para dar seu voto.

 

Publicado no Portal da Família em 27/05/2008



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