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Receita de uma longa união


Entrevista com a escritora e jornalista americana JUDITH VIORST, autora dos livros Perdas Necessárias e Casamento para a Vida Toda (Editora Melhoramentos), em reportagem de FABIANA CASO, publicada no jornal O ESTADO DE S.PAULO em 23/04/2005

A autora americana destaca a necessidade de 'respeito mútuo'

O que mostra que um casamento é feliz?
O respeito mútuo é um dos principais sinais, assim como o prazer de estar na companhia do parceiro. Cada um tem que querer a felicidade do outro, tanto, ou quase tanto, quanto a sua própria. Não em todos os momentos, é claro, não somos anjos. Mas durante tempo suficiente.

Gostaria que falasse sobre sua própria experiência.
Sou casada há 46 anos. Meu marido também é escritor e nós sobrevivemos trabalhando em casa. Somos mandões e teimosos em nossas opiniões, então, tínhamos um monte de diferenças para resolver. Mas também sempre gostamos de estar casados e de fazer parte de uma família. Agora, com nossos três filhos casados, e com dois filhos de cada casal, somos uma dinastia de 14 pessoas.

Por que, hoje, há casamentos que duram apenas um mês?
O divórcio não é mais visto como uma desgraça. As mulheres podem se sustentar e não precisam mais de um marido como um ticket-refeição. Muitas caem na fantasia de que, se tivessem com o parceiro perfeito, não precisariam trabalhar tanto para o casamento dar certo. Essas mulheres descobrirão, quando se casarem de novo, que ainda terão que trabalhar muito, então, por que não se esforçar da primeira vez?

Quais as maneiras mais inteligentes para não cair na rotina?
Não podemos evitar a rotina. Faz parte do acordo dos longos casamentos uma certa quantidade de 'vamos lá de novo'. Mas, se formos maduros o suficiente, podemos aprender a apreciar algo dessa rotina familiar e prestar mais atenção nos momentos de doçura. E podemos evitar a tendência de sermos menos educados e encantadores por causa da segurança que o casamento transmite. Por que não ficar bonita e ser adorável com a pessoa com quem somos casados, mas agir assim com alguém que você nunca verá de novo?

Finalmente, quais são as melhores alegrias dos longos casamentos?
Conhecer alguém intimamente e ser conhecido pelo companheiro.
Ter alguém para sentar e ler os jornais juntos, envoltos por um doce silêncio de entendimento e conexão. Alguém para segurar suas mãos em momentos difíceis e com quem celebrar em tempos de alegrias especiais. Alguém com quem - apesar das irritações, desapontamentos, e daqueles momentos de questionamento do tipo 'por que casei com ele ou com ela' - você criou uma história rica, quente e única.

 

 

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