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Quatro conselhos para o Natal

Jaime Sanchez-Carpintero *

O Natal está chegando e, portanto, um tempo de férias e presentes. Mas às vezes esse tempo livre e o costume de dar presentes podem levar-nos a cair no consumismo, na perda de tempo, e, às vezes, no atrito em nossas relações familiares.

Apresentamos aqui quatro ideias gerais que podem ajudar você a passar a época natalina de forma muito mais consistente com o espírito dessas festas.

1. Tempo de família, mas flexível

O Natal é uma época especial para passar com a família e tanto as férias escolares e do trabalho como as festas religiosas nos convidam a passar mais tempo juntos. São momentos cativantes. Mas tudo isso não deve alterar a ordem familiar que se vive no resto do ano. As circunstâncias externas muitas vezes podem mudar as rotinas da família, e isso não é mau em si. Mas não devemos nos deixar levar e improvisar. Especialmente no caso de termos crianças pequenas, convém alterar as rotinas o menos possível, porque elas são aqueles que mais percebem isso e o exteriorizam na forma de irritabilidade e mau humor. Nesse caso é recomendável alternar os dias mais movimentados com outros, de tranquilidade e rotina.

Nessas datas, devemos combater o tédio com criatividade: decorar a casa, montar o presépio, enfeitar a árvore de Natal, preparar a mesa, buscar os presentes... Eis um conselho que pode nos evitar mais de uma decepção: não é necessário sempre fazer tudo todos juntos. Pode ser que alguém não ache algo divertido e acabe estragando o bom ambiente com queixas, caras feias e críticas.

2. Escolher os presentes adequados

Muitas vezes se confunde Natal com consumismo, mesmo que inconscientemente. Tendemos a pensar que quanto mais presentes nós dermos ou recebermos, mais felizes seremos, e não é assim.

Mas, se queremos presentear alguém, devemos encontrar os presentes mais adequados para cada idade e para cada pessoa. E é muito importante ter um orçamento para nos guiar.
Para considerar qual presente é o mais adequado, a primeira coisa a fazer é não nos deixar influenciar pela publicidade que nos bombardeia nessas datas. Os brinquedos mais anunciados nas propagandas sem sempre são os melhores.

Em segundo lugar, devemos ter em mente quais valores queremos fomentar com nosso presente. Por exemplo: se queremos um presente que incentive o jogo participativo e a cultura geral, não é adequado darmos de presente um tocador de música mp3.

Depois, devemos verificar se o presente escolhido é adequado para a idade que queremos. Por exemplo, as crianças menores de um ano não são capazes de prestar atenção a mais de um objeto, de modo que não tem sentido encher o lugar com 10 brinquedos ao mesmo tempo. Para crianças a partir dos dois anos de idade é preferível escolher um presente que estimule a imaginação; é capaz de um boneco normal entreter mais do outro que funcione a pilhas e que tem centenas de luzes e sons. Na etapa escolar são mais adequados os jogos que requerem regras e a participação de outras pessoas, de modo que aprendam a competir, saber perder e saber ganhar, participar em equipe, etc. Para os adolescentes, devemos ter ainda mais claro o que queremos alcançar com cada presente, procurando ajudá-los a descobrir a si mesmos e ao mundo que os rodeia, respeitando a sua intimidade e as suas etapas. Se optarmos por dar-lhes roupas, por exemplo, devemos encontrar o equilíbrio entre o que eles gostam e a imagem que pensamos que deveriam dar com sua vestimenta.

Há dois princípios que podem ser de grande ajuda para termos em conta. Primeiro, uma grande quantidade de brinquedos acabam por leva as crianças e jovens à solidão, e não à felicidade. E, segundo, na hora de escolher um presente devemos pensar o que a pessoa que vai receber o presente gosta, e não o que nós gostamos.

3. Tecnologia

Os gadgets (dispositivos eletrônicos) e tecnologia em geral, muitas vezes são impostos como a principal opção quando se procura um presente; algo bastante lógico, no momento em que vivemos e que não tem nada de mal em si mesmo. Ao contrário, é uma grande oportunidade para que eles desenvolvam habilidades que serão úteis mais tarde, porque a informática e a tecnologia estão presentes na maioria das profissões e circunstâncias que a vida nos apresenta. O importante é que devem ter um tempo determinado de uso. O computador, smartphones, videogames... atrapalham nossa atenção de um modo arrebatador e por isso devemos estabelecer limites. Além disso, podemos procurar jogos que promovam o jogo em família, e devemos nos informar certificando-se de que eles sejam apropriados para os jovens . Sobretudo aqui, entram em jogo os valores que queremos incutir, e não devemos permitir que um videogame desgaste, como por exemplo com a violência. Recomendamos ler o artigo "Decálogo da família tecnológica feliz" (em espanhol), publicado no site InterMedia.

4. A importância da generosidade

Talvez essa época do ano seja a que mais ressalta a importância da generosidade. Vivemos em uma sociedade que tende para o consumismo, para o materialismo, ao desejo de possuir e aparentar riqueza... São tendências que evidenciam as diferenças entre os ricos e os pobres, aqueles com necessidades e aqueles que desperdiçam. Por isso, é mais importante agora do que nunca ser generoso e ensinar nossa família a também ser.

Generosidade não depende nem de dinheiro, nem de quantidade. Generosidade é ajudar outras pessoas com o que é preciso: companhia, conversa, comida, dinheiro, abrigo, sorrisos, orações... qualquer coisa que possamos dar em troca de nada. Se nessas datas conseguirmos que todos nós sejamos um pouco mais generosos, ainda que seja só um pouquinho e nada mais, o mundo será um lugar muito melhor para se viver, pelo menos, ao nosso redor.

 

 

 

* Escrito por Jaime Sanchez-Carpintero para o site InterMedia Consulting (08/dez/2012)

 

Publicado no Portal da Família em 23/12/2012

 

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