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Auto-avaliação das virtudes humanas
A EDUCAÇÃO DA LEALDADE

Descrição operativa (como funciona)

“Aceita os vínculos implícitos em sua adesão a outros -amigos, chefes, familiares, pátria, instituições, etc.- de tal modo que reforça e proteja, ao longo do tempo, o conjunto de valores que representam”.

A MANEIRA PESSOAL DE VIVER A LEALDADE


1. Reconheço os vínculos que tenho como conseqüência de ser filho de Deus e, portanto, como resultado do direito natural.

(A lealdade requer reflexão. Não é uma virtude fácil, nem uma questão de emoções nem de sentimentos. Inicialmente, é necessário reconhecer os vínculos implícitos em ser uma pessoa, um ser sociável com necessidade de melhorar e crescer durante toda a vida e de ajudar aos demais a fazer o mesmo).

2. Reconheço os vínculos que adquiri como conseqüência de determinados pactos ou promessas formais ou implícitas.

(A lealdade ao cônjuge é devida e a chamamos fidelidade. A lealdade também é devida na amizade, ainda que não haja promessas formais).

3. Sou consciente dos valores que sustentam os vínculos que adquiri.

(Por exemplo, no matrimônio os valores serão a melhora constante do cônjuge, e a procriação e a educação dos filhos. Em uma equipe de esporte tratar-se-á de defender a amizade, o companheirismo, o bom agir, e não o “ganhar a todo custo”, nem o dinheiro).

4. Vivo os vínculos adquiridos de uma maneira congruente como conseqüência de refletir sobre a relação entre meu afazer diário e os valores que me comprometi a defender.

(A lealdade requer uma atitude reflexiva. A atividade frenética incessante pode desviar nossa atenção).

5. Quando dou minha palavra, o faço de forma séria, pensando nas conseqüências.

(A pessoa humana não dispõe de uma maneira mais radical nem mais solene para comprometer-se que dizer “sim”. As vezes se dá a palavra sem pensar bem nas conseqüências e nas possibilidades reais de cumprir, ou pior, sem intenção de cumprir com o dito).

6. Tento fazer algo para defender os direitos de determinados tipos de pessoas necessitadas por solidariedade, por ser leal a meus irmãos, que são filhos de Deus.

(A lealdade pode reduzir-se a um âmbito muito pequeno. Nada mais que a família e dois ou três amigos, por exemplo. A lealdade requer comprometer-se com mais).

7. Sou capaz de indicar quais são os vínculos que adquiri.

(Há muitos vínculos que não é necessário assumir, mas uma vez assumidos, se trata de ser leal. Por exemplo, se pode formar parte ativa de uma associação de antigos alunos. Não é imperativo, mas uma vez que existe um compromisso de ajudar, será necessário atuar congruentemente).

8. Reconheço uma hierarquia entre os vínculos que adquiri.

(Por “lealdade” a seus colegas de trabalho há pessoas que estão dispostas a abandonar a sua família. A família é mais importante).

9. Sou consciente de que é mais fácil ser leal quando os sentimentos apóiam o compromisso, mas faço um esforço para defender os vínculos ainda que não seja agradável.

(Se um amigo está se comportando inadequadamente, a lealdade deve me levar a chamar-lhe a atenção de alguma maneira, ainda que seja desagradável e me custe um esforço).

10. Entendo que não deva haver, nem pode haver conflito entre meu vínculo com Deus por ser filho Seu e nenhum outro tipo de vínculo.

(Servimos a Deus servindo a nossa família, a nossos amigos, aos necessitados).

 

A EDUCAÇÃO DA LEALDADE


11. Ajudo aos pequenos a sentir a importância da relação com outros, seja na classe ou na família.

(Como passo prévio à lealdade, convém que as crianças vão se acostumando a sentir-se parte importante de um grupo).

12. Ensino aos pequenos quais são as regras do jogo que devem cumprir, com o fim de preparar-se para ser leais em diferentes vínculos.

(Necessitam saber como comportar-se em uma equipe, com seus irmãos, com seus pais ou avós, etc.).

13. Ensino aos pequenos, em termos simples, a distinguir entre o que é bom ou correto e o que é ruim ou incorreto.

(Desta maneira é possível que lhes vamos preparando para uma atuação congruente quando têm a inteligência e a vontade suficiente para fazê-lo).

14. Consigo que os filhos/alunos vão descobrindo sua responsabilidade com respeito aos outros membros de sua família e que entendam o que significa ser leal nesta situação.

(A possibilidade de viver a lealdade depende de que se reconheça o vínculo – a responsabilidade pessoal na relação – e que se apreciem adequadamente os valores que se trata de defender).

15. Consigo que os filhos/alunos vão descobrindo sua responsabilidade com respeito a seus amigos e que significa ser leal nesta situação.

(Com freqüência os adolescentes entendem que ser amigo significa defender ao outro e apoiar-lhe independentemente de que haja atuado bem ou mal. Ser leal significa buscar a melhora do outro sempre).

16. Consigo que os jovens vão descobrindo sua responsabilidade com respeito aos outros membros da classe, às equipes a que pertencem ou ao próprio colégio, e assim vivam a lealdade nestas situações.

(Esta lealdade será notada em ações como: não falar mal do colégio diante de outros, não pintar nem sujar o colégio, alegrar-se pelos triunfos que diferentes membros do colégio conseguem, apoiar às equipes em suas partidas, assistir atividades de outros alunos - representações de teatro, concertos, exposições -).

17. Debato com os jovens com o fim de que se dêem conta dos possíveis vínculos que podem adquirir.

(As vezes não se dão conta de que, em determinados tipos de relação, é necessário comprometer-se, nem estabelecem alternativas neste sentido).

18. Ajudo-lhes a descobrir que comprometer-se não vai contra sua liberdade, que a autêntica liberdade significa escolher entre diferentes tipos de compromisso.

A lealdade requer ajuda no processo de raciocínio. É necessário entender as coisas para ser leal. Certamente é uma das virtudes que mais haverá que explicar e raciocinar).

19. Explico aos jovens o que significa o vínculo em cada tipo de adesão.

(Que significa ser membro de uma equipe, bom amigo, membro de um clube, etc.).

20. Ensino-lhes a tornar compatíveis seus vínculos com diferentes pessoas ou organizações.

(É freqüente encontrar alguns jovens que quase abandonam a atenção à vida familiar a favor de sua equipe de esporte ou à convivência em um clube de jovens. É necessário ter uma hierarquia de valores e não abandonar nenhum dos deveres).

Como proceder à auto-avaliação
No texto encontram-se uma série de questões para reflexão, divididas em duas partes:

1) o grau em que se está vivendo a virtude pessoalmente .

2) o grau em que se está educando aos alunos ou aos filhos na mesma virtude.

Com respeito a cada questão, situe a conduta e o esforço próprio de acordo com a escala:

5. Estou totalmente de acordo com a afirmação. Reflete minha situação pessoal.

4.
A afirmação reflete minha situação em grande parte mas com alguma reserva.

3.
A afirmação reflete minha situação em parte: Penso "em parte sim e em parte não".

2.
A afirmação realmente não reflete minha situação ainda que seja possível que haja algo.

1.
Não creio que a afirmação reflete minha situação pessoal em nada. Não me identifico com ela.

 

Pode-se comentar as reflexões com o cônjuge ou com algum companheiro e assim estabelecer possíveis aspectos prioritários de atenção no desenvolvimento da virtude a título pessoal ou com respeito à educação dos filhos ou dos alunos.

É provável que se descubram muitas possibilidades de melhoria, mas recomenda-se selecionar apenas uma ou duas, com a finalidade de tentar conseguir a melhora desejada. As reflexões apresentadas não esgotam o tema, mas dão um ponto de partida para uma auto-avaliação.
Extraído do livro "Auto-avaliação das virtudes humanas", de David Isaacs.

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