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Auto-avaliação das virtudes humanas

FORTALEZA

 

Descrição operativa (como funciona) 

Em situações ambientais prejudiciais a uma melhora pessoal, resiste às influências nocivas, suporta os incômodos e se entrega com a valentia em caso de poder influir positivamente para vencer as dificuldades e para acometer grandes empreendimentos.

A MANEIRA PESSOAL DE VIVER A FORTALEZA

1. Habitualmente tento esclarecer-me com respeito ao que pode ser considerado "bom" em cada circunstância.

(Não é correto tomar decisões, ou simplesmente reagir, sem pensar nos critérios adequados ou deixando-se levar pelo impulso do momento).

2. Tento superar a preguiça, a rotina e a imitação cega dos demais com o fim de centrar minha atenção no bem.

(Conhecer o bem requer esforço, um esforço para superar toda uma série de tendências básicas. Por exemplo centrar a atenção no bem significa "estudar').

3. Habitualmente centro minha atenção no que é bom para os demais ainda que custe um esforço ou tenha que sofrer.

(Com certa frequência alguns colocam como valor superior "a paz", entendida como "ausência de guerra". Se sentem satisfeitos contanto que não haja confrontos ou enfados. O bem requer esforço, e portanto sofrimento. Nem sempre é compatível com `ausência de guerra')

4. Me esforço habitualmente em realizar as pequenas coisas de cada dia com cuidado e com carinho.

(Ainda que se possa entender a virtude da fortaleza como a virtude do cavaleiro andante que está disposto a correr qualquer risco, habitualmente a fortaleza traduzir-se-á em pequenos esforços em fazer bem as coisas normais).

5. Resisto as tentações que invadem a vida como conseqüência da sociedade de consumo.

(Isto requer superar os caprichos, não deixar-se levar pelo que fazem os demais, não ler de tudo nem comprar de tudo, nem ver tudo na televisão, por exemplo).

6. Aguento as moléstias físicas sem queixar-me.

(A comodidade e o desejo de não sofrer são duas influências notórias no ambiente atual. Mas a fortaleza significa usar a vontade para superar estas fraquezas).

7. Tomo decisões com iniciativa para fazer coisas de autêntico valor para os filhos/alunos ou para os demais.

(O ideal e o entusiasmo pela vida ajudarão a sair da rotina, a pensar, organizar e motivar aos demais para fins interessantes e valiosos sem se conformar com a mediocridade).

8. Me esforço habitualmente em não deixar-me acostumar ao que está mal, simplesmente como consequência da frequência com que este mal se repete

(É muito fácil acostumar-se ao mal e, assim, perder a luta na busca do bem. Nos contentamos com pouco).

9. Tento não queixar-me das coisas más que vejo ao meu redor e, em troca, me esforço em fazer algo positivo para neutralizar a influência negativa

(Um exercício interessante é pensar nas ocasiões em que nos queixamos na última semana, por exemplo. Quanto mais queixas menos fortaleza).

10. Supero o medo, a indiferença ou a insegurança com o fim de realizar ações de autêntico valor.

(A fortaleza requer arriscar-se, ser magnânimo, pensar em valores elevados, entusiasmar-se com a vida. E incompatível com a mediocridade, tão associada à segurança exagerada).

EDUCAÇÃO DA FORTALEZA

11. Debato com os alunos/filhos com o fim de que descubram o que significa o bem em cada coisa.

(Se um jovem tem muita vontade mas não sabe o que é bom, pode terminar fazendo o mal com grande eficácia).

12. Busco ou crio situações em que as crianças possam entusiasmar-se com algo que valha a pena.

(A educação da fortaleza requer iniciativa por parte dos educadores com o fim de oferecer atividades em que os meninos/meninas podem entusiasmar-se. Muitas vezes serão atividades nas quais se realizem ações a favor dos demais)

13. Tento conseguir que os meninos/meninas superem suas próprias dificuldades ou problemas.

(Uma tendência é não querer que os filhos/alunos sofram, e assim os educadores lhes substituem e não lhes deixam aprender a assumir a responsabilidade por sua própria vida).

14. Animo aos pequenos para que resistam a diferentes tipos de dificuldades.

(Por exemplo, não parar de correr em caso de não estar em condições de ganhar a corrida, chegar ao topo do monte apesar do calor e do cansaço, não pedir água imediatamente ainda que sinta um pouco de sede).

15. Consigo que os pequenos se enfrentem razoavelmente com as coisas que lhes produzem medo.

(Por exemplo, o medo à escuridão, o medo de ficar sozinho, o medo de alguns colegas do colégio).

16. Organizo ou promovo atividades que supõem algum tipo de esforço físico por parte dos meninos/meninas com bastante freqüência.

(Por exemplo, saídas ao campo, jogos organizados, colaboração na realização de trabalhos próprios - lavar o carro -).

17. Exijo aos filhos/alunos regularmente nas regras estabelecidas com o fim de que desenvolvam sua vontade.

(Como consequência da repetição dos atos acaba sendo mais fácil cumprir nossos deveres, de tal forma que os meninos/meninas podem dedicar seus esforços a outras coisas de maior importância.

18. Busco maneiras para que os jovens tenham iniciativas, para que se entusiasmem com algum projeto e para que realizem as ações correspondentes até terminá-los.

(Não se pode pedir aos educadores que estejam realizando este tipo de ação todos os dias. Mas se queremos que os jovens desenvolvam a virtude da fortaleza, algum esforço deste tipo deverá ser feito de vez em quando).

19. Ajudo aos jovens a tomar uma postura com respeito a temas importantes na vida e a defender sua opinião com seus colegas apesar "do que possam pensar".

(Não apenas se trata de ter critério, mas também de influir sobre os demais).

20. Ajudo-lhes a dizer que "sim" e a dizer que "não" com valentia.

(A pressão dos amigos é muito forte e é necessário ajudar aos meninos/meninas a ter esta firmeza desde cedo).

 Como proceder à auto-avaliação


No texto encontram-se uma série de afirmações para reflexão, divididas em duas partes:

1) o grau em que se está vivendo a virtude pessoalmente .

2) o grau em que se está educando aos alunos ou aos filhos na mesma virtude.

Com respeito a cada afirmação, situe a conduta e o esforço próprio de acordo com a escala:

5. Estou totalmente de acordo com a afirmação. Reflete minha situação pessoal.
4. A afirmação reflete minha situação em grande parte mas com alguma reserva.
3. A afirmação reflete minha situação em parte: Penso "em parte sim e em parte não".
2. A afirmação realmente não reflete minha situação ainda que seja possível que haja algo.
1. Não creio que a afirmação reflete minha situação pessoal em nada. Não me identifico com ela.

Podem-se comentar as reflexões próprias com o cônjuge ou com algum companheiro e assim chegar a estabelecer possíveis aspectos prioritários de atenção no desenvolvimento da virtude a título pessoal ou com respeito à educação dos filhos ou dos alunos. É provável que se descubram muitas possibilidades de melhoria, mas trata-se de selecionar nada mais que uma ou duas, com a finalidade de tentar conseguir a melhora desejada.

As reflexões apresentadas não esgotam o tema, mas dão um ponto de partida para uma auto-avaliação.

 

Extraído do livro "Auto-avaliação das virtudes humanas", de David Isaacs.


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