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Aborto de feto saudável por erro: «a eugenia impõe suas leis»

CIDADE DO VATICANO, 27 de agosto de 2007 (ZENIT.org)- Erro provoca aborto de feto saudável.

«L’Osservatore Romano», o jornal da Santa Sé, considera que o aborto por erro de uma menina, ao invés de sua irmã gêmea com síndrome de Down, mostra que «a eugenia impõe suas leis».

O jornal vaticano, em sua edição italiana, comenta o caso e o atribui à «cultura da perfeição, que impõe a exclusão de tudo o que não parece belo, resplandecente, positivo, cativante».

«E o que resta é o vazio, o deserto de uma vida sem conteúdos, ainda que estiver perfeitamente confeccionada», reconhece.

Um hospital italiano confirmou neste domingo que, durante um aborto seletivo por uma alteração cromossômica em um de dois gêmeos, a equipe médica a cargo da intervenção eliminou equivocadamente o feto saudável.

O hospital São Paulo, de Milão, explicou que se tratou de «uma terrível fatalidade», dado que os embriões, que estavam no terceiro mês de sua gestação, mudaram de posição na placenta antes da intervenção.

Segundo informou o hospital, os médicos conheciam só a posição do embrião enfermo, já que as ecografias realizadas antes da intervenção mostravam que ambos bebês eram morfologicamente iguais, pelo que não apresentavam diferença alguma.

Mas antes da intervenção, mudaram de posição e o feto saudável se situou no lugar que ocupava o gêmeo com a alteração cromossômica.

A polícia de Milão iniciou uma investigação para elucidar as circunstâncias do acontecimento, mas sem fazer referência a indagações nem a hipóteses de delito, segundo deram a conhecer a mídia local nesta segunda-feira.

Com o título «Não há direito», «L’Osservatore Romano» constata que no final «morreram duas meninas, assassinadas como conseqüência de um aborto seletivo».

«Uma decisão radical levou a repetir o aborto da irmãzinha que havia ficado com vida», a menina com síndrome de Down.

Mas ninguém, segundo o diário vaticano, «tem direito de eliminar outra vida. Nenhum homem tem direito de tomar o lugar de Deus. Por nenhum motivo».

«E, contudo, inocentes continuam morrendo. Suas palavras não pronunciadas, seus sorrisos nunca expressados, seus olhares nunca acolhidos, contiunuam suscitando desdém, ou ao menos as necessárias, profundas e sérias reflexões.»

«É uma decisão ilegítima, ainda que esteja autorizada pela lei, como acontece na Itália», acrescenta.

Comentando a notícia do aborto, o bispo Elio Sgreccia, presidente da Comissão Pontifícia para a Vida, fez um chamado a acolher toda vida humana.

«Só com este ato fundamental da parte de todas as pessoas interessadas, alcança-se a verdadeira serenidade, a verdadeira paz da consciência e o verdadeiro bem da sociedade», esclareceu nesta segunda-feira em declarações à «Rádio Vaticano».

«Temos de sentir-nos interpelados, todos, por este e por outros muitos casos que se repetem diariamente, para assumir um compromisso novo e diferente pelo respeito da vida humana desde o primeiro momento, pois estas criaturas têm a mesma dignidade que nós.»

«E no caso de que padeçam alguma enfermidade, simplesmente têm um motivo a mais para ser ajudadas», conclui.

choro de criança


 

Publicado no Portal da Família em 25/11/2007

 

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