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O aborto e as “biofábricas”

As experiências de outros países mostra que a legalização do aborto sempre provoca o aumento da sua prática. A região do mundo onde existe a maior taxa de abortos no mundo é a atualmente ocupada pelos países ex-integrantes da União Soviética, onde o aborto é legal e gratuito desde 1921. Parte integrante da estratégia dos partidos comunistas, foi o próprio Lenin quem legalizou o aborto na União Soviética, convertendo-a no primeiro país do globo a ter esta prática legalizada. Hoje nos países da ex União Soviética cada mulher pratica em média 6 (seis) abortos durante os seus anos de fertilidade. Algumas chegam a 30 abortos.

O jornalista e pensador Carlos Alberto Di Franco, em artigo recente, já afirmava: “O aborto, estou certo, é o primeiro elo da imensa cadeia da violência e da cultura da morte. Após a implantação do aborto descendente (eliminação do feto), virão inúmeras manifestações do aborto ascendente (supressão da vida do doente, do idoso e, quem sabe, de todos os que constituem as classes passivas da sociedade). Delírio premonitório? Penso que não. Trata-se, na verdade, do corolário de um silogismo dramaticamente lógico. A vida deixa de ser um fato sagrado. Converte-se, simplesmente, numa realidade utilitária”.

De fato, a banalização da vida, seja através do aborto, da clonagem terapêutica ou das experiências com embriões, é o primeiro passo para o surgimento de situações que poderiam se pensar saídas de filmes de horror, frutos de uma imaginação alarmista. Mas a vida mostra através de exemplos que a realidade às vezes supera a imaginação.

A revista VEJA publicou recentemente ( Edição 1920 . 31 de agosto de 2005) reportagem assinada pela jornalista Paula Neiva que mostra um exemplo disso:

As "biofábricas"

Mulheres vendem fetos abortados para clínicas de estética na Rússia, que oferecem
tratamentos com células-tronco

A abertura econômica proporcionou uma explosão no mercado dos produtos e serviços de beleza na Rússia. Mercado que inclui bizarrices como um tratamento antienvelhecimento à base de injeções de células-tronco extraídas de fetos. Quatro sessões, ao custo total de 50.000 dólares, seriam capazes de eliminar rugas, aumentar a disposição, evitar a calvície e manter a libido a mil. Tudo balela. Não bastasse a falta de comprovação da eficácia e segurança da terapia, as clínicas de estética que a oferecem se valem do comércio ilegal de fetos abortados como fonte dessas células-tronco. Mulheres jovens e pobres, em sua maioria, são incentivadas a interromper a gravidez por volta do terceiro mês e a vender o feto. O preço: 200 dólares cada um. Para ganharem um dinheiro extra, algumas delas engravidam apenas para abortar. A essas mulheres, inclusive, foi dado o apelido de "biofábricas". A procura pelas injeções de células-tronco é tão grande que já se formou até uma rede internacional de tráfico de fetos abortados entre a Rússia e ex-repúblicas soviéticas, sobretudo a Ucrânia. Em abril passado, um homem com 25 fetos congelados, escondidos em aspiradores de pó, foi preso na fronteira entre os dois países.

Terapias com células-tronco são uma das grandes apostas da medicina. Como têm a capacidade de se transformar em qualquer célula do corpo humano, elas poderão ser usadas, acredita-se, no tratamento de doenças degenerativas graves, como o câncer e o diabetes. As principais fontes de células-tronco são os embriões, os fetos, o sangue do cordão umbilical e a medula óssea. Enquanto os cientistas do Ocidente ainda tentam entender o seu funcionamento, a Rússia já as utiliza em tratamentos antiidade faz algum tempo, embora não haja nenhuma prova de sua eficiência. Há até mesmo uma lei que prevê o uso em clínicas de estética de células-tronco extraídas da medula óssea. Só em Moscou cinqüenta centros oferecem a terapia – a maioria deles com fila de espera.

Desde que foi divulgado que as células fetais podem ser mais potentes do que as de medula, clínicas russas passaram a recorrer às "biofábricas" para obtê-las. Tratamentos estéticos com essa matéria-prima são arriscados também porque não se conhecem os seus efeitos a longo prazo. Além disso, como se trata de uma atividade ilegal, a higiene e a segurança do material não são controladas. "Abre-se a possibilidade de contaminação por uma série de vírus, como os das hepatites", diz o geneticista russo Alexandre Kerkis. Um dos fatores que mais contribuem para a proliferação dos tratamentos com células-tronco fetais na Rússia é a facilidade com que se consegue um feto por lá. O número anual de abortos, o principal método de controle da natalidade naquele país, chega a 2 milhões – o que corresponde a 60% das gestações. E, agora, há as mulheres que abortam por encomenda.

Esse é o tipo de “sociedade” que as organizações pró-aborto (financiadas por agências internacionais), e algumas ações recentes do Ministério da Saúde, querem impor ao Brasil e à América Latina.



 

   
   

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