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As Famílias e as Eleições 2002 no Brasil

Equipe do Portal da Família

Com o título "Ao Congresso, as traças" Dora Kramer escreveu em sua coluna no jornal O Estado de São Paulo de 31/07/2002 que o "Eleitor abre mão de melhorar composição do parlamento", onde alerta (os destaques no texto são nossos):

"Nada de anormal que dois meses antes da eleição muita gente esteja indecisa e o quadro ainda indefinido". "…Tudo muito bem, tudo perfeitamente aceitável. Menos a assustadora evidência de que, de presidente para baixo, ninguém está dando a menor importância para o resto da eleição. "

"Pergunte-se ao vizinho de mesa no restaurante - seja um nobre salão ou popular bandejão - em quem vai votar para deputado e, se não for ele mesmo um candidato, a resposta quase certa será a expressão parva dos que desconhecem a natureza do assunto em discussão. "

"O problema é que as coisas não são tão simples assim. É verdade que a maioria é indiferente à conformação do Parlamento e não tem noção de que ali, passada a eleição, estará a representação da sociedade, em tese funcionando por delegação da mesma. "

"Não obstante seja essa a dura realidade, é fato também que os veículos de comunicação não levam em conta o pleito em toda a sua magnitude. Muito mais cômodo e barato publicar pesquisas, e daí em diante, comentar seus resultados ou as reações dos candidatos a elas, do que pôr o pé na estrada e a cabeça para funcionar. "

"Antes que o leitor aponte para cá seu dedo acusador, estamos todos incluídos nessa visão distorcida do que seja uma eleição geral. Inclusive o eleitor que, se não é despertado para a importância do exercício da representatividade, também não acha ruim que não seja demandado a tal. "

"Podemos nessa lista escrever também os nomes de certo tipo de candidato - a maior parte deles, é possível afirmar sem medo de incorrer numa injustiça - que prefere chegar ao Legislativo pela via de compromissos outros que não aqueles firmados com a representação popular. "

"Estabelece-se, então, um acordo tácito, e pérfido, pelo qual representantes e representados fazem de conta que têm uma relação mas, de verdade, não se sentem minimamente comprometidos uns com os outros. "

"Essa indiferença em relação à eleição do Congresso gera conseqüências bastante graves, sendo a mais evidente o fato de deixarmos passar a oportunidade de melhorar a composição do Poder Legislativo. "

"Considerando a fragilidade dos partidos, a fragmentação de forças políticas e a quantidade de iniciativas que dependem do Parlamento, ignorar a escolha de deputados e senadores equivale quase que a abrir mão de metade do direito do voto. É como se os brasileiros em outubro elegessem apenas meio presidente. "

No Brasil, em 6 de outubro teremos eleições para escolha de senadores, deputados federais, deputados estaduais e governadores, além de para presidente da república. Mas, de fato, parece que tanto os eleitores quanto a mídia só dão atenção à disputa presidencial (o que o candidato comeu hoje, com quem falou, o que fez…) , e quando muito, à escolha de governador.

Mas são justamente os deputados, e em especial os senadores, os que participam do processo de aprovação ou não de leis que podem influir na construção de nossa sociedade. Que sociedade queremos para nossas famílias e nossos filhos ?

Em teoria, os políticos que iremos eleger devem ser nossos representantes e defender nossos valores. Mas procuramos saber quem são os candidatos, sua profissão, se são casados ou não, o que eles defendem, que pontos eles sempre votam a favor, ou que pontos eles sempre votam contra ? Na propaganda eleitoral só temos informações vagas ("defendo emprego para todos", "defendo o progresso", "não à violência"…).

Além das questões sobre honestidade e probidade administrativa, precisamos saber qual a opinião dos candidatos principalmente à respeito de leis que são cruciais para a vida e para a sociedade em que vivemos com nossas famílias. Saber a opinião do candidato sobre o aborto, o porte de armas, a eutanásia, a descriminalização da maconha, a pena de morte, a adoção de crianças por homossexuais, a exploração infanto-juvenil e pedofilia na TV e na internet, a liberdade de ensino…

Quem você quer que seja nosso representante no Congresso Nacional ? Telefone ou mande um e-mail para seus possíveis candidatos cobrando a posição deles sobre esses e outros assuntos. Muitos dos candidatos estão tentando uma reeleição, ou trocando de cargo. Você pode pesquisar sobre eles.

Algumas informações sobre os candidatos você pode obter em:

Tribunal Superior Eleitoral - Candidaturas - http://www1.tse.gov.br/tse/divcand2002/sintese.jsp ou http://www.tse.gov.br/eleicoes/eleicoes2002/eleicao2002.html

Senado Federal - http://www.senado.gov.br/web/secsdefa/principa.shtm
Camara dos Deputados - http://www.camara.gov.br
Congresso Nacional - http://www.cnol.gov.br


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Quem compra ou assina jornais e revistas, ou mesmo assiste jornais na TV, deve cobrar desses meios para que nos forneçam essas informações, cumprindo seu papel social. Ligue para eles ou mande um e-mail. Mostre que você está interessado.


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http://www.providafamilia.org/doc.php?topic=top59744

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Ignorar a escolha de deputados e senadores equivale quase que a abrir mão de metade do direito do voto. É como se os brasileiros em outubro elegessem apenas meio presidente.

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